segunda-feira, 21 de maio de 2018

Conta-me outra história...

Estávamos com muitas saudades.Nem sempre nos é possível estar com alguma regularidade ou fazer sequer disso uma rotina!! Não.
Aproveitamos conforme podemos, consoante os dias e as horas que conseguimos encaixar entre uma vida e outra...

Nessa manhã era quase certa a tua visita...e digo quase porque até me ligares a dizer que estás a estacionar, fico sempre de pé atrás...e ainda assim, o que se torna possível nesse mesmo momento em que atendo, pode deixar de o ser no minuto seguinte, como já aconteceu...mas nessa noite não.
Eu tinha muitas saudades. Saudades daquelas de estar melosa, carente, de me querer enroscar em ti, de arquear o meu corpo em cada lugarzinho do teu. De manhã fiz a minha rotina habitual...duche, música, creme. Só alterei a roupa pois quando sei que vens gosto de estar com qualquer coisa leve, gosto de me sentir quase nua para ti.

Abri a porta e recebi um longo abraço quando me cheguei a ti. Adoro. Borboletas na barriga automaticamente. Impressionante como perduram ao fim de tantos anos...
Passava esta música no spotify que tinha colocado...gosto tanto e instintivamente, abraçados, enrosquei-me ainda mais e balançamos. O som da música entrou na minha cabeça, não sei se estavas a ouvir porque qualquer tentativa de falar naquela altura, iria estragar o momento. Dançamos como já não o faziamos à muito tempo. Arqueamos ligeiramente as ancas na direção um do outro. As mãos iam mexendo pelo corpo um do outro, sensualmente e lentamente. 

Adoro a tua versão mais soft. Gosto de sentir que encaixamos num momento que conseguimos tornar genuinamente intimo, ainda mais intenso. Gosto da sensualidade que emanamos juntos, não somente a sexualidade que sabemos ter e que salta do nosso interior vezes e vezes sem conta!!

Calmamente viraste-me, sem nunca me afastares do teu corpo. Já te tinha desapertado a camisa, conseguia sentir a frescura do teu tronco. Já me tinhas descido a leve túnica, sentido assim os meus mamilos expostas e a minha vontade imensa de te sentir.
Ligeiramente, empurraste-me para uma das cadeiras existentes na sala. Hum...
É a incerteza do que vamos fazer que me dá ainda mais adrenalina, mais vontade, mais desejo, mais tesão. Simples assim. Não gosto de planos, nunca gostei. Contigo planeamos algumas coisas, sim...Mas nunca nada é muito rígido. E isso...hum...isso deixa-me extasiada...sempre!!

Sentaste-me. Atrás de mim ataste-me as mãos, agilmente e de forma muito controlada. Esse teu controlo faz-me a mim ficar "descontrolada"...Não conseguia perceber com o que é que estavas a atar-me. Não tinha ali nada perto que desse e tu não te tinhas ausentado desde que chegaste...a curiosidade desperta-me tanto a libido. Tens esse poder fantástico.
Tentavas com que eu não virasse a cara para trás, não falavas, mas o teu ombro de encontro à minha face dizia-me que era para não me mexer muito.

Comecei a sentir a tua boca nos meus dedos. Toda a minha mão, cada um dos dedos foi lambido por ti, sugado e chupado sensualmente. Comecei a ficar irrequieta naquela cadeira que em nada me facilitava os movimentos...
Direcionaste os teus lábios ao longo de um dos meus braços. Senti-te no meu ombro e tentei aproximar a minha boca da boca. Não! Não querias que te tocasse, percebi de imediato.
Soube ali que me ias fazer "sofrer"...até te pedir para parares.

Ainda ao meu lado, passaste de forma breve a ponta da tua língua no meu mamilo...eles já estavam eretos à tua espera...não te demoraste e a língua continuou o circuito pela parte lateral do peito, fazendo depois o contorno exato da minha mama...primeiro uma...depois a outra...
Senti-me a desfalecer de imediato...Estava a saber-me tão bem, tão delicado mas intenso da mesma forma...

Contorcia me já na cadeira mas não era fácil de conseguir...Foste descendo até ao meu umbigo. Observei-te de olhos esbugalhados e sedenta de ti, de te tocar também. Sentia-me a escorrer naquela cadeira...o que pudeste comprovar de imediato...
Agilmente pegaste nas minhas nádegas e elevaste-me um pouco acima do assento da cadeira...Soltei um longo e intenso gemido...Surpresa pela posição e desejosa da tua língua no meu sexo. Quanto mais te sentia mais húmida ficava...os meus pés estavam semi apoiados nos teus ombros, mas não podia fazer muita força senão a cadeira empinava...e era esse contra-censo entre o querer gesticular e mexer e o facto de sentir que tinha de estar quieta que me fez vir ainda mais na tua boca...Deliciaste-te. O teu olhar provocador disse tudo, ou quase tudo naquele momento...e num ápice percebi que estava no teu timing...  Também te excitas imenso ao ver-me assim, eu sei...

E percebendo isso foste rápido e certeiro. O teu sexo direcionou-se de imediato ao meu...assim só um bocadinho. Assim só uma pontinha. Em tipo de ameaça. Do género "vais ter de pedir"...
"Quero mais" , sussurrei... Fizeste de conta que não ouviste. "Quero mais", disse outra vez... "Queres? Toma"...Ofereceste-me o teu sexo na minha boca, até ficar sem folego...Seguravas a minha cabeça, as minhas mãos continuavam atadas, os meus olhos baços de tesão, e tu continuavas com o movimento dentro e fora da minha boca que se tornou pequena para tamanha tesão...
"Quero mais" consegui eu soletrar provocadoramente quando te chegaste para trás para que ambos pudessemos olhar a nossa vontade expressa no teu sexo...visão dos céus!!

"Quero-te mais ainda"...e de forma abrupta e repentina deixaste soltar a acumulação daquela hora...entraste dentro de mim grosseiramente e de forma intensa. Senti-me de forma profunda pois continuava de ancas arqueadas desde o inicio. Conseguias chegar até mim, bem fundo, bem profundo e sabes o quanto me sabe bem isso...Movimentavas as tuas ancas na minha direção, comecei a ouvir-te arfar, os teus olhos ficaram ainda mais escuros... "Isso mesmo" disse-te eu...e naquele momento as tuas mãos seguravam as costas da cadeira,os meus lábios roçavam o teu tronco. Passou a ser uma mão na costa da cadeira, outra mão a segurar o teu sexo e eu a sentir o quente da tua tesão durante alguns minutos por toda a minha cara e corpo...

Desapertaste-me as mãos e caímos nos braços um do outro no sofá. Deixamo-nos dormir algum tempo, assim enroscados. 
Deixaste ficar o lenço vermelho...era nosso. Ou passou a ser nosso.Nunca questionei onde o arranjaste. Não quero saber. Uso-o algumas vezes em saídas e não deixo de sorrir ao longo do dia sempre que me lembro de nós naquele dia...


Repetimos breve?

A(caso)

20/05/2018

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