quinta-feira, 23 de junho de 2016

Obrigada


Sei que não são as palavras em si que alteram alguma coisa...no entanto não posso deixar de o querer registar...
Um obrigada...o MEU obrigada do fundo do coração...

Estiveste sempre presente,à tua maneira, e da forma que te foi sempre possível...secalhar se olhar para trás fizeste mais do que esperaria ou do que supostamente seria de esperar...não sei...não penso muito nesses aspectos porque entendo que cada um de nós já conhece o outro tão bem que à partida sabemos o que devemos fazer, o que podemos fazer e o que esperamos do outro...

Como tão bem disseste, poderias ter decidido um caminho mais fácil, mais leve, com menos dificuldades...alguma coisa nos deixou ligados e nos mantém com essa ligação...muitas coisas, penso eu...e isso tem o valor que nós lhe atribuímos, com todo o sentimento envolvente, com toda a dedicação possível, com todo o respeito inerente...mesmo não sendo nós namorados, mesmo não vivendo lado a lado...Penso que não tem somente que ver com o tempo em que já nos conhecemos, não. Tem a ver com uma parte interior desconhecida para tantos, uma partilha mesmo em silêncios mais profundos, um carinho mesmo não estando já aqui ao lado...Sinto-me contigo numa relação, diferente sim,mas uma relação.A nossa.

Contigo tenho vindo a partilhar uma parte de mim...uma grande parte.
Contigo aprendi que, por vezes, partilhar com alguém que sabe ouvir simplesmente, atenua um bocadinho...
Foste uns ombros valentes, uns ouvidos exemplares e um coração enorme...para mim...e fico sempre agradecida como espero que saibas...Não adianta avaliar o correto ou o mais acertado. Fazes-me bem, tens sido o meu alicerce em alguns momentos onde tudo à volta vai cair e tu, do fundo dessas palavras vincadas mantens me à tona, chamas-me, fazes-me "cair" na realidade novamente e seguir...

Sabemos tão bem que nem sempre a presença física é aquela que é feita de coração...e tu mesmo não estando fisicamente tantas vezes em que te queria, ou mesmo em que precisava, estiveste bem mais presente em mim do que tantas outras pessoas...e isso é algo tão de cá de dentro que se torna impossível encontrar palavras . Sempre fui muito sozinha. Há quem lhe chame independente. para mim são duas coisas diferentes. Sou independente, mas também sozinha, solitária. Fruto de filha única? Talvez um pouco, mas não só. Fruto do medo? Sim. Fruto de falta de confiança? Sim, não em mim, mas nos outros.
Existem alturas em que verdadeiramente chego a interrogar-me realmente no que me tornei ...se uma pessoa verdadeiramente boa e corajosa...ou se numa pessoa com medos e receios e portanto a solidão ou o factor "sozinha" seria o caminho mais fácil...

Sabes como estou mexida, sensível...como à mínima coisa salta uma lágrima. Como os afetos se tornam perigosos nesta altura, estranho não é? A querer , ou melhor, a precisar também de afectos e com medo deles...medo de me magoar...medo de ser mais uma dor...mas penso que nesta fase é uma questão quase inevitável. O receio de mais uma dor, de mais um cair. O medo de me questionar "achas que vale a pena?" O pensar "no amanhã como será"...

Puff...não fazendo agora de mim uma aventureira sem objetivos e que viverá ao sabor do vento, entendo por agora que interessa o hoje. Aquilo que vivemos e que não deixamos de dizer. Interessa estar, sentir, dizer, tocar e amar...sempre o momento , sempre hoje...porque amanhã as coisas mudam. O amanhã poderá ser tarde ou poderá nunca chegar. 
Ao teu lado tenho vivido o que nos é permitido e o que fazemos por conseguir...Sei que nesta fase mais delicada existem alguns aspectos que me moem mais do que tu mereces da minha parte, mas também mais do que eu mereço e portanto tenho de te pedir algum "apoio" ou mesmo compreensão da tua parte e que nunca hesites em me chamar à razão quando realmente perceberes que não faz sentido nenhum, combinado?

Adoro-te muito. Obrigada, mais uma vez, por me deixares fazer parte do teu enorme coração.
Obrigada por seres sempre delicado nos momentos das mensagens, deixa-me confessar que as mensagens do fim de semana foram muito certeiras...sensibilizaram-me as tuas doces palavras, especialmente a do texto, quando o leste, tiveste o cuidado de dizer alguma coisa e sabes o quanto isso marca...dás valor a pequenos pormenores e essa é sem dúvida a tua esséncia...nada desvalorizas, porque do pouco encontra-se o todo. E soubeste encontrar o meu Todo.

Obrigada.
Com amor e um respeito enorme.

(A)caso
23/06/2016