segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Cuidas-me...

Hoje acordei assim...
Com saudades de ti, de te sentir perto de mim,do aconchego e da caricia.
Estamos a uma semana do fim de mais um ano. O que se pode pedir para 2017, o que se pode agradecer do que fica, o que se pode retirar como ensinamento...
Este foi sem dúvida um ano duro e difícil para mim...e parto do principio que se fui falando tudo contigo e chorando algumas vezes no teu ombro, que também não tenho sido muito fácil para ti...

Os tratamentos primeiro...o pai depois...um ano terrível... e no entanto estiveste sempre por perto...mais um ano...
Às vezes penso que gostaria de não partilhar tantas coisas contigo, gostaria de não te "encher" a cabeça e o coração com os meus problemas, tal como tu fazes com os teus, dos quais me contas muito pouco. Eu sei. Respeito por um lado, mas não concordo por outro.
Não o consigo fazer, ou melhor, se o consegui fazer no inicio ou em alguns momentos, acabei por dar parte fraca e rendi me aos teus ombros e aos teus conselhos que me fazem sempre ficar mais alerta e pensar mais ponderadamente. 
Às vezes fico revoltada comigo mesmo por "depender"de ti, por não conseguir guardar as minhas coisas...fico mesmo...porque no meu intimo, no mais real de todos os pensamentos existe o tal, o doloroso, que me sussurra..." não contes, não te apoies porque nada disso nunca será teu e portanto não podes depender,, não podes pedir auxilio , não podes pensar em ajuda porque nada disso é real..."Sim, um amigo ajuda outro . Sim, considero te um grande Amigo, companheiro, acima de tudo , sempre. Mas temos toda uma história por detrás e o meu medo é quando terminar, porque vai terminar, como será...Sobrevivo, eu sei. Por alturas já pensei que não ia aguentar e seria o fim do mundo. Depois de tantas coisas que me aconteceram, acredito que será inevitável, só não sei quando e sei que nunca estarei preparada, mas mantenho o pensamento de que nada é pior do que algumas coisas que já senti e que desconhecia...e portanto perdi o medo de te perder. Perdi o medo de nos perder. Gosto ainda mais de ti e duma forma melhor, se é que se pode dizer isso. Gosto mais e melhor e sem medo. É isso.

Sei que mantenho dentro de mim palavras que me disseste.
Sei que guardo comigo todos os momentos que tivemos. Sei as histórias que elaborámos, as discussões que surgiram. Os silêncios com tanto significado e os gestos carregados de emoção.
Este foi um ano duro meu querido, mas tu foste sem dúvida uma das melhores pessoas que me acompanhou e fico eternamente agradecida à Vida por nos ter cruzado.

Soubeste desde o inicio dos meus tratamentos e tanto me deste na cabeça....Nessa altura, de propósito ou não mandavas uma mensagem todos os dias. De segunda a sexta lá estavas tu com a tua doce presença. Ao fim de semana ligavas algumas vezes. Sim, é importante e apesar de ter sido uma má fase, são estes momentos que nos fazem agarrar à vida e à perspectiva de que tudo irá ficar melhor.E gosto de os recordar. Estiveste sempre!!
Do trabalho tens sempre opinião a dar o que é uma mais valia pois quem está de fora tem uma visão mais real e acredita que tenho sempre em consideração os teus conselhos...posso não concordar na altura, mas ficam cá dentro a mexer e a matutar até serem levados em consideração.

Do pai então, nem sei como o expressar...ouviste os meus desabafos tantos e tantos dias naquele corredor. Chorava e ria ao mesmo tempo contigo. Não te dizia tudo o que via e sentia naquele momento , mas carregaste uma grande parte de mim...foi difícil...as pessoas que me desiludiram nessa fase e as que surpreenderam. E tu sempre ali. Acredito que também ficasses mexido com a minha situação, acredito que eu ficaria e sei que tu também , e pior, pois tens de encaixar tudo e guardar só para ti. Pensava muito nisso, muito mesmo, dai dizer tantas vezes que não posso estar a sobrecarregar-te. Embora tu digas que aguentas e que não faz sentido de outra forma, etc...Hum hum...o pior é o que fica dentro de nós...caiu-me uma bomba em cima e acredita que tu foste apanhando os estilhaços todos e com toda a delicadeza tentando encaixa-los novamente...Tantas vezes que não queria falar, ou que não queria chorar, ou que simplesmente queria sumir-me...e tu sempre a dizer "tens de falar, tens de atender o telefone..." Sabia bem que quando ouves a minha voz vês logo que não estou boa...inevitável...Tenho aprendido que contigo não adianta fugir, é um esforço que fazia desnecessário, e sinceramente já não tenho forças para omitir o que sinto ou como estou...

Ainda ontem disseste uma coisa que secalhar não tens a noção do quanto me tocou e impressionou e mexeu comigo...carinhosamente (e eu  entendo assim porque ao ouvir te, visualizo tal e qual a tua cara e os teus olhos escuros) disseste que pensaste muito em mim na noite de natal...e se calhar se eu contasse a alguém as pessoas iria dizer "oh claro então pensamos naqueles que estão a sofrer e dos quais gostamos etc"...não , não penso isso. Só. E por isso quero deixar registado que foi das coisas mais simples e mais bonitas e mais tocantes que me disseram nestes últimos tempos. 
E sei que o disseste de coração, porque se assim não fosse não o terias referido, não há essa necessidade. E portanto estares com casa cheia, rodeado da tua família, as crianças sempre uma alegria constante e teres um espacinho na tua mente e no teu coração para te lembrares do quão difícil estaria a ser para mim, é algo com um imenso valor. Sabes o quanto isso é valioso? Secalhar sabes porque és um Homem com grandes valores e uma enorme postura perante o outro. Ages e reages como gostarias que o outro fizesse...mas meu Deus...quantas vezes o outro fica tão aquém das nossas expectativas? Quantas?? E por isso não sei se sabes realmente o valor da tua atitude, espero que sim, que o saibas e que nunca alteres essa forma linda de estar com o outro...

És um Homem fantástico e fico sempre agradecida por teres entrado na minha Vida. Acredita, sempre , que dou imenso valor ao esforço que fazes para nos vermos, para estarmos juntos, para um telefonema, para uma mensagem, um gesto...Posso refilar sim,mas no meu coração, o pondo o sentimento ao alto, dou imenso valor e por isso compreendo grande parte das coisas que possam impossibilitar, bloquear, afastar etc...
Desejo que vás permanecendo na minha caminhada até conseguirmos, até querermos, mas principalmente até fazer sentido. 
Que percorras os teus dias indo de encontro ao que entendes ser o melhor para  ti, sempre. Que não sejas impaciente e acredites na pessoa enorme que és, no valor que tens e nunca deixes fazerem te duvidar disso mesmo. 
Que continues um quarentão lindo de cair para o lado, com uns abraços fantásticos,uns ombros excelentes para amparar as quedas, um ouvinte como poucos e um desempenho sexual que me faz tremer dos pés à cabeça!

Gosto muito de ti. Sempre.
Com amor, 

.........................Obrigada por me cuidares....................

(A)caso
26/12/2016



sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Postal de Natal



"Obrigada por tudo.
Hoje. Amanhã. Sempre.Para Sempre.

Mesmo que o hoje termine daqui a pouco. 
Mesmo que o amanhã chegue rápido demais. 
Mesmo que o sempre tenha um tempo destinado.

Obrigada. Com todo o meu carinho e do fundinho do meu coração apertado.

Um Feliz Natal, meu amor."

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(A)caso
23/12/2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Parabéns ao menino

Passei só para deixar um beijo...
Não um beijo qualquer mas um daqueles especiais. Porque hoje é um dia especial. Porque hoje houve um momento especial. Porque TU és uma pessoa especial.

Ao fim de três anos, hoje, pela primeira vez, consegui dar te um beijo de Parabéns presencialmente. E acredita que teve imenso significado para mim. Ainda que não queira hoje falar de mim, nem de nós, mas acaba por ser inevitável. Este ano consegui estar um pouquinho contigo, a sós, naquele que é O teu dia e sendo especial para ti, gostaria como é óbvio de o poder partilhar um pouco. 

Fico feliz, verdadeiramente feliz, por ter existido um bocadinho para nós. Simples assim.
Anos anteriores tem sido bastante dificil, confesso...umas vezes porque não posso ligar normalmente como faria, principalmente a um amigo, e tenho de esperar que tu me ligues. Outras vezes porque dói saber que há festa, que amigos comuns estão convidados e que eu simplesmente nem como uma amiga comum poderia estar...este ano anterior foi sem dúvida o que me doeu mais...e a ti também acredito que não tenha sido fácil...

Ainda assim, este ano melhorámos...em muito e somente quis deixar registado o meu bem estar em simplesmente estar! O meu "agradecimento" pela cumplicidade que continua a crescer, com tantos medos e entraves. O meu bem estar pelo momento matinal partilhado.
Não podemos trocar prendas materiais, eu sei, mas tens de mim a melhor prenda que poderia encontrar...o meu coração, o meu respeito, a minha cumplicidade e amizade. Tens de mim todo o meu amor,

Que tenhas um resto de dia Feliz , meu querido. E que encontres sempre o melhor caminho para percorreres essa "velhice" fantástica que tens dentro de ti!! Um cota lindo de morrer!!
Adoro-te muito!!
Um beijo

(A)caso
11/11/2016


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

...Remeti para nós , quando "descobri" esta bela sonoridade...
Ao som dela , bem alto, fico arrepiada e repentinamente tenho um flash...o que começamos, o que fomos e o que somos hoje...

Que a "espera" dentro de cada um de nós, remeta sempre para um caminho em conjunto, para momentos fantásticos, para partilhas comuns...
Que nunca exista um fim, uma despedida...que nunca venha um tempo definido...

Gosto tanto disto!!!

(A)caso
05/09/2016


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Vício

Apetecia-me agora mesmo matar o vicio de ti.
O vicio do teu corpo. Das tuas mãos. Dos teus lábios. 
Apetecias-me agora. 
Ao fim do dia. depois de um dia chato. Chegar a casa e descalçar, sentir o fresco do chão. Chegar a casa e despir. Sentir o arrepio da pele nua, da leveza do naturalmente natural.
Apetecia-me. 
Olhar para ti e despir-te também. Sentir-me de imediato ansiosa por te tocar é uma sensação que insiste e persiste, sempre...
Contorço-me de imediato,mal vens direito a mim...é incrível e quente. É fantástico e não deixa de ter a sua magia. Como aconteceu? Não sei. Porquê? Muito menos. Por quanto tempo? Não quero nem saber. 
Quero e ponto.Quero-te-Quero-nos. 

Sou tua de todas as formas e feitios. Sou tua de corpo e alma, mas com muita calma na alma...cada vez mais e isso tenho aprendido. Aprendido a não me magoar e consecutivamente a "culpar-te". Aprendido a viciar-me em ti quando ambos podemos, porque é exactamente isso que quero. Estar contigo. Manter a tua presença. manter o teu contacto.Ouvir-te.Deliciar-me com o dizes mas também com tudo aquilo que não dizes.
És um misto de tantas coisas...e gosto dessa salada agridoce que me vais mostrando. 
Tenho certeza do que quero.Cada vez mais. Tenho aprendido a pensar antes de explodir. Tenho aprendido a argumentar quando me magoas e até tenho tido alguma razão quando te confronto...portanto é sinal de que fui uma boa aprendiz.

Acho que de dia para dia estamos mais unidos. Sinto-me muito perto de ti, também porque estes meses contei contigo para TUDO. Partilhei tudo contigo. Desabafei tudo contigo...quando penso nisso até me sinto incomodada. Ouviste me tantas e tantas vezes, tantos e tantos dias...e eu que fiz por ti? Não precisas tanto como eu, a verdade também é um pouco essa. Tens um suporte mais forte.mais amplo e maior. 

Gosto tanto de ti, mas tanto que por vezes nem acredito como consigo viver com este sentimento , escondido, abafado mas ainda assim duradouro.
Fazes faisca na minha mente, no meu corpo então nem se fala...Fazes-me querer sempre mais de ti. Quanto mais dás, mais eu quero. Posso não sentir aquelas saudades assim grandes, mas basta estar contigo e despoletas tudo novamente...e sabe sempre a pouco...é sempre pouco.

Os momentos são escassos para tanto que te queria dizer. As horas são muito poucas para tanto que queria ouvir. Os minutos são poucos para te sentir perto de mim. 
Nunca duvides disso. Nunca duvides das coisas que te escrevo e digo. Nunca duvides que me fazes ficar sem fôlego. Acredita que na cama és algo de fantástico e que ultimamente quase que me "apagas", é uma intensidade que sinto dentro de mim que fico sem forças, o corpo aguenta mas pede mais e mais, como se não fosse ficar saciado de ti, do teu sexo, da tua tesão, de todo o teu corpo e aquilo que o próprio vai correspondendo.
Não posso falar por ti nesse aspecto,mas por mim falo e não me canso de pensar que és o meu encaixe quase perfeito...
Sabes tocar,sabes beijar, acariciar...
Sabes resistir e picar...Sabes despoletar o sentimento e depois fugir. Sabes aquecer a máquina e manter assim, até o entenderes.
Sabes conhecer o meu gemido, e os meus movimentos. Sabes o que gosto. Tens a sensibilidade para distinguir amor e sexo. Sabes perceber a diferença entre o quente e o frio da língua, o molhado e o "a escorrer" , o toque e a palmada...o devagar e o agressivo...Hummm...Vicio bom, vicio cativante e desesperante...

Quero te. Fazes me desconcentrar durante o dia , ainda que por mensagens. Fazes -me descontrolar algumas noites, ainda que não digas nada. Fazes me querer coisas que raramente aconteciam e que nem sempre corriam bem...Quero fazer sempre tudo contigo, sem tabus, sem medos , sem dor,...Tudo naturalmente natural e extasiante...ao ponto de ficar com dores no corpo da pressão que sinto, da tensão que fico no corpo e da tesão que liberto e me fazes libertar...
Adoro fazer coisas contigo. Quero fazer coisas contigo. Quero imaginar coisas contigo. Preciso de ti, mas mais do que precisar...Quero. Com todo o meu amor e com toda a minha tesão...e olha que ambas é assim muito.
Queria estar todos dias contigo para ver como era.Queria. Era o que queria e ainda não experimentámos.
Queria fazer sexo contigo por telefone. Queria prender-te na minha cama e fazer te gemer até não aguentares mais...Queria fazer amor contigo em cima da mesa da sala. Queria tomar um longo e demorado banho contigo, sairmos molhados e enxugarmos cada gotícula de agua com o corpo um do outro. Queria adormecer a fazer cadeirinha contigo e sentir o teu sexo atrás de mim e o teu corpo nu toda a noite. Queria sair para jantar, beber uns copos e fazermos sexo na vinda para casa. E fazer novamente a chegar a casa, desenfreadamente. 
Queria te todos os dias na minha vida...e por causa disso é que serás sempre um vicio, que nunca vou conseguir colmatar de todas as formas.
Apetecias-me.
Apeteces-me.
Anda...Onde estás? Quero o teu toque...viciante...

(A)caso
22/08/2016

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Obrigada


Sei que não são as palavras em si que alteram alguma coisa...no entanto não posso deixar de o querer registar...
Um obrigada...o MEU obrigada do fundo do coração...

Estiveste sempre presente,à tua maneira, e da forma que te foi sempre possível...secalhar se olhar para trás fizeste mais do que esperaria ou do que supostamente seria de esperar...não sei...não penso muito nesses aspectos porque entendo que cada um de nós já conhece o outro tão bem que à partida sabemos o que devemos fazer, o que podemos fazer e o que esperamos do outro...

Como tão bem disseste, poderias ter decidido um caminho mais fácil, mais leve, com menos dificuldades...alguma coisa nos deixou ligados e nos mantém com essa ligação...muitas coisas, penso eu...e isso tem o valor que nós lhe atribuímos, com todo o sentimento envolvente, com toda a dedicação possível, com todo o respeito inerente...mesmo não sendo nós namorados, mesmo não vivendo lado a lado...Penso que não tem somente que ver com o tempo em que já nos conhecemos, não. Tem a ver com uma parte interior desconhecida para tantos, uma partilha mesmo em silêncios mais profundos, um carinho mesmo não estando já aqui ao lado...Sinto-me contigo numa relação, diferente sim,mas uma relação.A nossa.

Contigo tenho vindo a partilhar uma parte de mim...uma grande parte.
Contigo aprendi que, por vezes, partilhar com alguém que sabe ouvir simplesmente, atenua um bocadinho...
Foste uns ombros valentes, uns ouvidos exemplares e um coração enorme...para mim...e fico sempre agradecida como espero que saibas...Não adianta avaliar o correto ou o mais acertado. Fazes-me bem, tens sido o meu alicerce em alguns momentos onde tudo à volta vai cair e tu, do fundo dessas palavras vincadas mantens me à tona, chamas-me, fazes-me "cair" na realidade novamente e seguir...

Sabemos tão bem que nem sempre a presença física é aquela que é feita de coração...e tu mesmo não estando fisicamente tantas vezes em que te queria, ou mesmo em que precisava, estiveste bem mais presente em mim do que tantas outras pessoas...e isso é algo tão de cá de dentro que se torna impossível encontrar palavras . Sempre fui muito sozinha. Há quem lhe chame independente. para mim são duas coisas diferentes. Sou independente, mas também sozinha, solitária. Fruto de filha única? Talvez um pouco, mas não só. Fruto do medo? Sim. Fruto de falta de confiança? Sim, não em mim, mas nos outros.
Existem alturas em que verdadeiramente chego a interrogar-me realmente no que me tornei ...se uma pessoa verdadeiramente boa e corajosa...ou se numa pessoa com medos e receios e portanto a solidão ou o factor "sozinha" seria o caminho mais fácil...

Sabes como estou mexida, sensível...como à mínima coisa salta uma lágrima. Como os afetos se tornam perigosos nesta altura, estranho não é? A querer , ou melhor, a precisar também de afectos e com medo deles...medo de me magoar...medo de ser mais uma dor...mas penso que nesta fase é uma questão quase inevitável. O receio de mais uma dor, de mais um cair. O medo de me questionar "achas que vale a pena?" O pensar "no amanhã como será"...

Puff...não fazendo agora de mim uma aventureira sem objetivos e que viverá ao sabor do vento, entendo por agora que interessa o hoje. Aquilo que vivemos e que não deixamos de dizer. Interessa estar, sentir, dizer, tocar e amar...sempre o momento , sempre hoje...porque amanhã as coisas mudam. O amanhã poderá ser tarde ou poderá nunca chegar. 
Ao teu lado tenho vivido o que nos é permitido e o que fazemos por conseguir...Sei que nesta fase mais delicada existem alguns aspectos que me moem mais do que tu mereces da minha parte, mas também mais do que eu mereço e portanto tenho de te pedir algum "apoio" ou mesmo compreensão da tua parte e que nunca hesites em me chamar à razão quando realmente perceberes que não faz sentido nenhum, combinado?

Adoro-te muito. Obrigada, mais uma vez, por me deixares fazer parte do teu enorme coração.
Obrigada por seres sempre delicado nos momentos das mensagens, deixa-me confessar que as mensagens do fim de semana foram muito certeiras...sensibilizaram-me as tuas doces palavras, especialmente a do texto, quando o leste, tiveste o cuidado de dizer alguma coisa e sabes o quanto isso marca...dás valor a pequenos pormenores e essa é sem dúvida a tua esséncia...nada desvalorizas, porque do pouco encontra-se o todo. E soubeste encontrar o meu Todo.

Obrigada.
Com amor e um respeito enorme.

(A)caso
23/06/2016

sexta-feira, 6 de maio de 2016


Já há algum tempo a esta parte que quero escrever por aqui e não o consigo fazer. Detesto quando isso acontece porque é sinal que não tenho a mente completamente "enquadrada", ou melhor, está enquadrada em muitas coisas ao mesmo tempo. Quando estou feliz, escrevo. Quando estou triste, escrevo. Quando estou com mau feitio, escrevo. Não quero com isto dizer que escrevo sempre, mas consigo quase sempre colocar em texto os estados de alma naquela altura ou naquele momento, naquele dia ou dias depois, pouco importa. Interessa sim, conseguir transporta-lo para outra parte, retratando assim, uma vez mais, factos e momentos. Pensamentos e opiniões.
Mas...
Quando tenho medo, bloqueio. 
Sinto que se colocar em texto poderá ser um mau presságio e ao reler será ainda mais real e consequentemente mais doloroso...
Tenho medo e não consigo escrever...e nem falar...
Tenho receio e somente com muita paciência e algum poder de argumentação se consegue retirar alguma coisa, a "ferros", como costumo dizer.
A carapaça é de tal forma impenetrável que custa...
 
Quando começou este episódio menos bom, dei por mim inúmeras vezes a imaginar a forma como te iria dizer,ou se o iria mesmo dizer...Dei por mim a pensar que, se por um lado poderia ser um "alivio" para mim partilhar com mais alguém, por outro lado pensava que não o poderia fazer por considerar que não tinha o direito de preocupar os outros, que era um problema meu e que já bastava ser eu a estar preocupada, com medo e todos os receios possíveis...Sim, também sei que ouvir opiniões dos outros atenua e acalma...ainda assim...achei que não tinha esse direito. Partilhamos até então algumas (muitas, para mim) coisas do nosso dia a dia, da nossa vida pessoal e profissional, de amigos e conhecidos, entre todas as outras coisas...mas este assunto seria difícil...muito difícil...um dos mais difíceis para mim até à data...

Sempre que vou às consultas mensais, vou de lágrima fácil e coração apertado. Sempre que vou a caminho recordo o quanto me deste na cabeça para tentar consulta lá, que seria melhor, que estava mais acompanhada, que era um descanso maior para mim...E consegui. E foi o melhor que deveria ter feito e ainda bem que o fiz.Obrigada.
Pensei que seria capaz de não contar nada a ninguém, acreditas? Que estupidez. Mas pensei mesmo.  A revolta é tão grande que não queremos falar nem ouvir. A angustia aperta de tal forma que pensamos que por não falar que tudo irá ser rebobinado e desaparecer. Puro erro. 
Agora vejo isso.
Apesar de me cortar o coração quando vejo o olhar da mãe. Apesar de nem sempre me sentir confortável por chorar no teu abraço. Por me sentir pequenina. Até nesta altura penso nos outros, incrível e assustador ao mesmo tempo. No inicio não contei a mãe para não preocupar. Não contei a ti para não ser um "peso" maior para ti ou sentires algum tipo de "teres de "dizer ou estar ou fazer. Não contei a amiga porque sei que não tem estrutura emocional para tal...tantas pessoas e tão sozinha na partilha. escolha minha, sem dúvida. Mas por vezes, até eu me canso de ser assim.

Não conto porque não quero, mas não é só por isso...é para não magoar os outros, para não ver o olhar deles, para não sofrerem por mim...correto? Não sei...Sinceramente não sei, mas sei que se fosse eu do outro lado gostaria de saber para auxiliar, ou somente para dar um mimo...E acho sinceramente que me iria aperceber de que algo não estava conforme...penso eu. Se estou presente, é para observar que aquela pessoa não está como habitual...ao mesmo tempo isto gera um contra-censo...Então quero que me perguntem ou não quero contar nada? 
Simples: quero que as pessoas que estão ao meu lado  me vejam realmente quando estão perto, ou mesmo sem estarem perto que percebam o tom da voz, o timbre,os silêncios, as pausas...uma serie de coisas...como tu conseguiste fazer desde o inicio dos inícios.Desde sempre! E como eu sei que também faço e consigo fazer e estar atenta!

Se hoje pudesse escolher, penso que não teria contado a ninguém. Iria ser mais difícil? Sim. Mais assustador? Não sei. Assusta-me também muito sentir-me fraca, pequena, cansada e exausta. Assusta-me querer dar alguma noticia boa e ter somente as mesmas coisas do habitual...dores, náuseas, cansaço, lágrimas, desabafos...
Se hoje estou contente por ter te contado? Sim. Sem dúvida. Mas sei que embora digas que ages e fazes as coisas de acordo com o que entendes ser o correcto...Eu sei. és sempre muito correcto e jamais pensaria que não estarias atento e presente e dedicado, e isso ,meu caro,não conseguirei NUNCA agradecer .

Não querendo fazer de ti um "saco" onde despejo o que vou acumulando, sabes o quanto me soube bem a conversa anterior que tivemos. A presença ainda que com alguns silêncios acabou por dizer muitas coisas e fica uma coisa, entre várias : pretendes proporcionar tranquilidade. Não significa que anteriormente não o tenhas feito, mas eu sei que existe outra sensibilidade.

Existe SEMPRE uma outra sensibilidade para o factor doença. Existe sempre um mimo, um carinho, uma palavra, uma mensagem, qualquer coisa que dê alento ou distraia de tudo aquilo menos bom que acabo por viver e reviver durante a semana.
E tem sido no aconchego do teu abraço que deixo que cuides um bocadinho de mim...porque durante os restantes dias ando sobre nuvens turbulentas que não me deixam abertura possível para me desmanchar e passar de mulher a menina. Nem o colo da mãe tem colmatado este cansaço até porque a mãe também tem sido uma esposa inigualável, que tenta dosear por vezes o impossível.

E tu tens sido inigualável...enquanto pessoa, bem formada e com valores e ideais acima da maioria do comum dos mortais ( pelo que tenho visto por aí!)
...mas também e essencialmente no papel de amigo. No papel de companheiro. De amante. No papel do Homem que escolho ter ao meu lado sempre que possível. No papel de ser respeitador e observador. de conselheiro. Mas gosto de demarcar a palavra "Amigo", considero-te acima de tudo isso e sei que ficaremos sempre Amigos...mesmo que as circunstâncias mudem, mesmo no silêncio que exista durante dias ou meses, como já aconteceu. Mesmo assim, eu sei, e julgo não me enganar, seremos sempre capazes de manter esta ligação. Porque faz sentir. E se faz sentir, é porque faz sentido.

Obrigada. Imensas vezes obrigada. Por seres como és. E acrescentares sempre um brilho ao meu olhar e um aconchego ao meu coração.
Tenho medos. Sinto-me cansada. Estou exausta. Sinto-me no expoente máximo das minhas capacidades de aguentar estas dificuldades que estão a existir em mim...mas ainda assim...tudo fica um pouquinho mais leve por estares por aqui. 

Um beijo e um afago

(A)caso
06/05/2016

terça-feira, 12 de abril de 2016

Amor versus Sexo

" Na cabeça dela já há muito tempo que ecoava essa grande equação.Percebia dentro de si que inicialmente tudo começou com sexo...nu e cru. A primeira noite foi uma descoberta...Feliz,por sinal. Ela notava nele, do pouco que ainda tinha conhecido, que deveria ter um bom desempenho...só não sabia o quanto. Conseguiu perceber que tinha mãos delicadas, dedos compridos e esguios. Uns olhos escuros mas que nos fixavam até conseguir intimidar, e portanto a solução era confrontar o olhar penetrante e manter a postura. Essa era a técnica inicial, parece-me. Tinha também um belo dum sorriso matreiro e uma voz que entrava cá dentro...imaginar aquele sussurro ao ouvido no meio de uma noite de prazer era algo que queria sem dúvida experimentar.
Factos que veio a comprovar. Todos.
Noites de risco e arrebatadoramente quentes e sexuais...não se falava de sentimentos, aliás, por vezes mal se falava...picava-se por mensagens, toques, passagens sorrateiras entre uns e outros,olhares que nos despiam de alto a baixo... No seu corpo as borboletas esvoaçavam  só de imaginar o toque. E quando esse toque acabava por chegar, ela já estava rendida.

Não se sentiu tímida, não ficou constrangida. Sentiu que encaixava. Sentiu que aquele Homem tinha uma performance que não tinha encontrado nunca...Não se considerava uma mulher experiente, mas sabia aquilo que gostava e onde gostava e como gostava... Ela sabia que era uma mulher que sentia e deixava transparecer isso mesmo...e aquele homem soube perceber isso mesmo...Cada gesto dava direito a um gemido, cada toque dava seguimento a um gesto corporal acentuado e genuíno...
No dia seguinte ela sabia que queria mais...contra todos os factos certos ou errados, ela queria outra vez...

E as vezes foram-se repetindo...muitas e muitas vezes...muitos e muitos riscos, mas ela não se arrependia nunca...e soletrava interiormente "nunca" com todas as certezas. Ela gostava daquela pessoa. Queria aquele Homem, fosse de que maneira fosse. Sentia-se cada vez mais atraída e sentia que ele também a desejava... 

Não existiram nunca promessas de nada e desde o inicio que houve um "aviso" curto e directo: a menina mulher ia -se apaixonar mas não podia...tinha de saber ser forte e resistir...mas se fizesse isso não era ela própria...se resistisse ao que ia sentindo deixava de fazer sentido...tamanho contra censo... 

E os dias passavam e os momentos iam-se repetindo e dentro daquela mulher algo ia mudando...a proximidade ia ficando mais intensa da parte dela...aprendeu a partilhar, a comunicar, a contar peripécias ou a pedir mesmo a opinião do outro...coisas às quais não estava habituada...sempre foi muito independente e sem dar demasiadas explicações, mas com ele foi tudo diferente...acabou por ir acontecendo, ele soube conhecê-la no seu mais intimo ser e foi isso que a cativou...até ao mais intimo do seu coração.

Perceber que se existiam noites em que fazia sexo com ele, eram mais aquelas em que interiormente fazia amor...olhava para ele e sorria, observava-o e sorria, beijava-o e sorria...
A imagem do nu integral daquele Homem é algo que jamais lhe sairá da cabeça por mais que o tempo passe...isso ela sabe, porque o sente com todo o seu sentimento...
E hoje, passados 3 anos, ela faz amor com aquele Homem fantástico...

Amor carregado de sexo. Amor carregado de tesão e tensão.
Amor carregado de sensualidade e sexualidade. Amor carregado de paixão .
Amor carregado de carinho e dedicação. Amor carregado de respeito.
Amor carregado de sonhos e objectivos.
Amor...puro amor. Amor escondido mas percebido. 
Amor infinito, intenso, frustrado por vezes...
...mas sempre, sempre Amor...

...eu faço amor contigo. E tu, que fazes comigo?

(A)caso
12/04/2016

domingo, 10 de abril de 2016

... Porque existem encaixes fantásticos e coincidências quase perfeitas...

(A) caso
... Num fim de tarde a recordar-nos...


terça-feira, 5 de abril de 2016

Três

Três anos que nos conhecemos...entre o dia de hoje e o de amanhã...não sei precisar correctamente mas isso de qualquer forma não é o mais importante...

escrevo com a mesma intensidade com que iniciei este blog.. Escrevo com o mesmo sentimento frenético. Escrevo com a mesma cara perplexa. escrevo com o mesmo pensamento...
Quem é o homem fantástico que me cativou desde o primeiro momento? Quem é a pessoa maravilhosa que me fez sair da carapaça e viver intensamente?

Apaixonei-me. Verdadeiramente.
Apaixonei-me. Realmente.
Apaixonei-me.Dolorosamente.
Estou apaixonada. E contra factos não existem argumentos.

Lamento, uma vez mais, que não queiras partilhar este sentimento comigo. Ou pelo menos, da mesma forma. Sei o quão fantástico foste, tens sido e continuas a ser. Sei que estarás sempre presente em mim, aconteça o que acontecer.
Mas lamento...lamento que passem três anos e eu continuo aqui à tua espera, quase. 
Lamento por vezes que a fasquia tenha ficado demasiado alta. E se não fores tu, não vale a pena. E se não for melhor, não vale a pena. Porque igual não existe.

Agradeço teres entrado na minha vida. 
Agradeço todas as partilhas que temos. Agradeço todo o carinho que me dás e sei o quanto por vezes é dificil para ti conseguir gerir tudo da melhor forma.
Agradeço o facto de te ter conhecido, aprendi imenso e cresci ainda mais...e quanto mais conheço de ti mais quero para mim...é uma dualidade de quereres tão assustadores.
És um Homem fantástico, eu sei que o sabes. E eu sei o quanto mereço alguém assim...eu sei o quanto "esperei"...e quando aparece...a realidade é outra...

Vejo o tempo a passar e nós a continuarmos ...e quanto mais o tempo passa mais me apercebo do tempo de espera por algo que não vai chegar. Não é?
Nunca serás só meu. Nunca estarei ao teu colo numa noite de insónias ou depois de um dia dificil. Nunca existirá um jantar tranquilo no meio de um restaurante, acompanhado de beijocas mimentas por vezes. Nunca irei acordar de manhã e olhar para ti descabelada. Banho juntos. Pequeno almoço e  bons dias. Férias e rotinas.Nunca existirá compras conjuntas, danças, brincadeiras, desejos e projetos...fora destas 4 paredes.

És especial. Muito . Preciso de ti como nunca precisei de mais ninguém e só agora me apercebo disso mesmo...E mesmo assim não me és suficiente,porque não podes ser...
Partilhar coisas contigo diariamente fez-me gostar de argumentar e de defender, saber ouvir e questionar. mas fez-me também entender o quão sozinha estou. 
E apesar de me sentir tão mas tão mais próxima de ti...nunca me senti tão sozinha...

Mas ainda assim não deixo de te querer e de te adorar. E consigo perceber que isto também é crescimento. É um sentimento racional, embora por vezes eu o provoque e ele demonstra ser irracional...mas tenho tudo controlado... :)

Não mudaria muitas coisas entre nós ao longo destes anos...
Quase nada...
Só o "pequeno" pormenor de quereres ficar ao meu lado.
Só isso.
Mas ainda assim, estou aqui e sei que o estarei.
Até que o queiramos.

Com amor.
A.
05/04/2016



domingo, 3 de abril de 2016

Agridoce

Doce e salgado...
Errado e certo ao mesmo tempo...
Ninguém nos fez ser as pessoas mais certas, ou as mais corretas, mas também ninguém diz que somos as mais erradas.
Ambos sabemos o quão errados somos...mas se fosse tudo assim tão simples e racional, teria o mesmo efeito no crescimento e na essência de cada um? Digo rapidamente que não!

Somos errados e virados do avesso. Sempre fomos desde o primeiro dia. Como a mistura do doce com o salgado...aquela mistura que nem sempre agrada a todos, mas que bem "mexida" e bem ligada, funciona fantasticamente...por ser diferente...
Chama-se agridoce...é o que somos.

Somos o agridoce de toda uma sociedade. Por vezes até mesmo de nós próprios, da nossa consciência. Queremos ser o açúcar do doce e o sal do salgado, e por vezes conseguimos.
Perfeitamente imperfeitos. Exclusivamente únicos em torno do nosso mundo, na medida certa e acertada. 
Não temos a receita certa de como funcionar mais ou melhor. A receita tem sido a nossa capacidade de respeitar e estar. A fórmula de me apaixonar por ti nunca a consegui resolver...mas no final dá e dará sempre um resultado positivo.

Sabemos o quão agridoce tem sido a nossa relação. Sei o quão amargas podem ser as mentiras, as omissões, as desculpas. Sei o quão doce podem ser os momentos, o resultado de um telefone, as escapadelas, o mimo, o abraço...ai o abraço...recordo dois abraços demasiadamente importantes e tocantes...um logo no inicio em que te estava a falar do meu percurso pessoal e depois da minha tia...e tu disseste" tinhas tudo para não seres nada, e acabas por ser uma mulher fantástica"...e deste aquele abraçinho bom...lembro-me tão bem...o outro foi à relativamente pouco tempo, num domingo já escurecido, pelas horas e pelo meu medo...a consulta antes do tratamento era no dia seguinte e tu vieste dar-me um abraço tão mas tão bom e reconfortante...e disseste" sabes, não faz mal chorar..." e mais uma vez senti-me protegida...

Sinto-me tanto de protegida por ti, como desamparada...
Dás-me tanto de proteção como depois me dás tanta ausência...
Agridoce, chamamos nós...presença e ausência. Protecção e desamparo. Ora estás, ora não posso contar contigo...Mas gosto tanto mas tanto de ti.

Partilho contigo tantas coisas. Neste momento, partilho tudo contigo...o bom e o menos bom. Tens sido o meu confidente e sei que isso, para mim, não é saudável, porque quando fores embora a dor vai ser muito maior...mas não consigo...tento sim não te preocupar e não partilhar porque não quero ser um "peso" para ti...ainda que digas "isso é uma não questão"...

Estamos próximos, Muito.
Sentimos a falta. Muito.
Queremos mimar e estar. Muito.
Debates-te entre dois mundos, é mais dificil para ti parece-me. 
Eu debato-me só comigo mesma. 
Ambos numa única questão...o agridoce a que isto tudo nos sabe, e o quanto continuamos e gostamos do sabor. 

Que continuemos a saborear.
Obrigada por tantas e todas as sensações que me provocas ao longo destes quase 3 anos...

(A)caso
03/04/2016






quarta-feira, 23 de março de 2016


...Foi um dia carregado de emoções, de medos, de angústia nua e crua...foi uma semana cheia de...nem sei bem quê...foi uma semana de férias e de horrores...foi uma semana sem ti...mais uma semana sem ti...
Na verdade sei que já não tenho cabeça para tudo, não consigo pensar em tudo mas no fundo sei que esse "tudo" me aflige tanto...aperta-me tanto a nossa ausência...

Não quero falar por telefone, não quero trocar mensagens, não quero pensamentos...quero um abraço, quero que o tempo pare...ou que ande para trás...por favor...consegues?

Consegues fazer o relógio parar enquanto me abraças?
Queria-te aqui esta noite...Por mais egoísta que possa ser, e também tenho direito de o ser, queria te aqui e borrifar-me para tudo o resto...Precisava de sentir que também querias. Precisava de te sentir perto.Precisava de saber o quanto e se ainda gostas de mim. 

Hoje precisava de mimo. Só isso. Mas não adianta pedir.
E isso no meio de tanta angústia...é "só" mais uma...
Hoje estou assim. Carente. Aqui e agora.
E onde estás tu? Cura-me esta carência de ti, ainda que saiba que não terá fim...Merecia-te aqui, eu sei. 
Só precisava de ouvir de ti que também querias e que também te apetecia. E que também precisavas.

Beijo com amor.
(A)caso

23/03/2016





segunda-feira, 7 de março de 2016

Cuidar

Gosto de saber que cuidas de mim.
Gosto de saber que te preocupas, ainda que eu própria te diga para ficares tranquilo. 
Cuidas...mesmo sem te aperceberes... Cuidas mesmo que eu não desabafe contigo...e isso acontece porque aprendeste a conhecer-me demasiado bem e porque eu me dei a conhecer demasiado bem...às vezes até demais para o meu gosto!

Cuidas de mim e percebes que desde sempre sou uma pessoa reservada e sem um grande núcleo duro dos chamados "amigos de coração"...isto porque as pessoas acabam por não corresponder às expectativas que coloco em cima da mesa...e isso faz com que cada vez mais me retraia, cada vez mais me feche e guarde dentro de mim tudo ou quase tudo...
Sinceramente? Não sinto necessidade de partilha, acho eu, e digo-o sem ter uma certeza absoluta, ou tendo a noção de que essa ideia não persiste sempre, como é óbvio. Mas a verdade, no geral, é que não sinto aquela necessidade cega de abrir a boca e desabafar. 

Sinto falta de alguém que cuide e que eu sinto que está verdadeiramente "aqui" mas sem fazer grandes perguntas, dando o espaço necessário...Desabafar não é fácil para quem foi habituado a guardar as coisas para si...não é nada fácil, aliás...Por vezes pensamos em falar, em contar, em desarmar...mas não sai...mantem se o silêncio que nos agonia e aperta o coração. Mantem se o olhar sem ser frontal para tentar esconder qualquer fraqueza que possa saltar dos olhos esbugalhados...e interiormente pedimos um abraço. Uma proteção silenciosa que não fomos habituadas a ter ao nosso lado e que nos fez crescer como tartaruga...com a carapaça que nos protege de quase tudo...

Gosto de saber que cuidas...
Alguém que afaga e toca e está e acompanha e percebe ...mesmo com silêncios...a insistir no olhar cara a cara...a insistir no dar a mão...a persistir na necessidade de ouvir outro alguém que não a minha própria voz...
Tu cuidas...apercebeste-me da minha distância, opinas sem fazer valer esse argumento porque senão eu vou ficar assustada e já não vou ouvir. Persistes na tua opinião e naquilo que achas ser o acertado. Auxilias as minhas ideias confusas e silenciosas e tens a verdadeira percepção neste momento: 
...se não falar contigo, não estarei a falar com mais ninguém. Não conto a mais ninguém. Tu sabes disso porque já aconteceu algumas vezes. E sei perfeitamente que não queres os "louros" para ti...acima de qualquer coisa começou uma amizade, um respeito e uma preocupação / dedicação de  um para com o outro...
Digo-te para não te preocupares...repetidamente...o sentido não sei se o entendes...é que os dias passam tão rápido, as horas e os horários entre nós estão tão contabilizados que quando existe a oportunidade de ouvir a tua voz, não gosto ou não gostaria que fosse para deixar uma preocupação no ar...ou mais uma preocupação...Se o tempo já é pouco e as saudades são tantas porque não dizer "não te preocupes, está tudo bem...quero saber como estás, se tens saudades minhas, que tens feito..." Como se enquanto falas de ti, eu me posso esquecer de mim e sorrir, e respirar e atenuar o medo que paira cá dentro e deliciar-me simplesmente com o bem que me fazes sentir...

Tu cuidas...
E falar, mesmo daquilo que não é tão sério, já é um cuidar...
E tocar, mesmo sem questionar mais nada, já é um cuidar...
Na verdade, nestes últimos anos tens sido o meu confidente. E por um lado sei que isso não é um factor muito confortável, mas por outro não sinto necessidade de ser diferente...Se olhar para trás e fizer uma retrospectiva, as pessoas que me rodeiam acabam por deixar muito aquém as expectativas que eu gostaria de ter...Culpa minha que as crio sim...mas se sinto que dou alguma coisa a alguém, no minimo mereço o retorno...é assim que as relações funcionam, seja ela do que for...e contigo nesse aspecto aprendi a valorizar-me. Aprendi a organizar ideias e acima de tudo a fazer valer os meus ideais, sem medo. Porque sei naquilo em que acredito e aquilo que mereço. E isso também é cuidar.

Cuidas de mim, quando me ensinas.
Cuidas de mim, quando te preocupas.
Cuidas de mim, quando explicas o que nem sempre tens de justificar.
Cuidas de mim, quando me beijas e acaricias.
Cuidas de mim, quando queres que argumente porque dizer sim e não não te basta.
Cuidas de mim, quando és grande Amigo, antes de qualquer outra coisa.
Cuidas de mim, quando sabes que algo menos bom está para vir e vais ter em primeiro lugar um abraço para me proteger e silenciosamente dizer "estou aqui..."

Abraças-me?

(A)caso
07/03/2016


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Não posso escrever porque sinto que se o começar a fazer, desmorono.
E não pode ser.
A menina frágil, carente e carinhosa precisa e tem de dar lugar à mulher decidida, crescida, fria e inteligente.

Não posso escrever porque não quero pensar. Apesar de divagar durante a noite, sei que ao escrever tudo fica mais claro e mais duro e mais doloroso...
E portanto o silêncio da escrita neste momento é a minha resposta mais protetora para mim própria...

...mas não deixo de gostar, não deixo de pensar, não deixo de querer. Que tipo de homem és tu que me deixaste pegada" e "apegada" e ...tantas outras coisas...Não há maneira de deixar "ir" um homem como tu...

(A)caso
29/02/2016

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Beijo


...Só para deixar um beijo porque...apeteceu...e porque há alturas em que percebemos realmente a importância de ter alguém ao nosso lado...ainda que não seja "ao nosso lado " verdadeiradeiramente...
Porque existem momentos em que olhamos para o sofrimento dos outros e sentimo-nos fracos e estúpidos porque nos queixamos sem ter a noção realmente do que temos.
Porque nunca é demais dizer o quanto gostamos, o quanto queremos, o quanto conseguimos sorrir e manifestar o nosso contentamento...seja por uma mensagem ou pela presença...

Sabermos aproveitar tudo aquilo que colhemos ao longo dos nossos dias...essa sim é a maior dificuldade que o ser humano encontra. Aproveitar e agradecer em vez de exigir , de ralhar, de argumentar perante situações sobre as quais somente resta aproveitar e pouco mais...porque é mesmo assim e porque de um momento para o outro pode existir um fim e aí sim...não existirá volta a dar!! 

(A)caso
23/01/2016




quarta-feira, 13 de janeiro de 2016



...e porque mesmo em silêncio...as minhas palavras, o meu pensamento e o coração leva-me de encontro a ti...Hoje seria dia para um xi bem apertado e para deixar ouvir a sonoridade do teu coração gigante...
Mais uma vez, porque nunca é demais dizer, és uma pessoa fantástica em todo e qualquer momento.
Gosti.

(A)caso
13/01/2016

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Medo

...Acreditamos que cada dia é sempre cheio de mini vitórias. Para tentarmos ultrapassar da melhor forma aquilo que a vida nos dá, ou retira...Mini vitórias que nos fazem acreditar que é possível vivermos sem aquilo que pensamos que nos faz bem...E sim, a verdade é que faz-nos bem, ou fez-nos bem em determinado momento da nossa vida...
Quando não olhamos repetidamente para o visor do telefone, é uma mini vitória. Quando não olhamos para o calendário a tentar perceber quais serão as rotinas semanais.Quando vamos a conduzir e não se olha para as matriculas dos carros que passam por nós. Quando adormecemos sem reler uma mensagem antiga ou ter um pensamento duma conversa ou de um momento...
Mini vitórias que nos fazem acreditar que estamos no caminho certo...mas...e tudo tem sempre um "mas"...a saudade vem quando mentalmente seguimos a trajetória da realidade. A dor aumenta quando percebo que ainda continuo aqui, no mesmo ponto, como mesmo pensamento. Em ti e em tudo aquilo que me fizeste viver.

Neste momento sei que o tempo é o nosso maior inimigo. Sei que pretendes afastar-te mas também não queres desligar por completo...Não sei se por respeito a mim, ou simplesmente porque não queres mesmo...sinceramente também não pretendo entender isso. Sei que a realidade, a nossa realidade não existe. Ou melhor, ela existe e foi escolhida. Por ti. Disseste que não podias continuar a estar comigo. Essa é a realidade. Que eu aceitei. Que não quis acreditar. Mas que existe, na verdade.

Deixou de haver a cumplicidade que tanto me fazia brilhar. Deixou de haver desabafos privados e íntimos sobre tantas coisas.Deixou de existir a partilha não só duma cama , mas de piropos , de sorrisos, de troca de galhardetes, quer por telefone ou por mensagem. Perderam-se já tantas coisas que nem dá para acreditar e quando olho para o hoje, acho que preferia ter colocado um ponto final naquele dia que me ligaste, em Outubro. Por mais que me doa pensar isso.
...Estamos a perder o elo forte que pensava que tínhamos,na minha opinião. Estamos a abdicar daquilo que sempre nos ligou para nos tornarmos banais nas conversas, problemáticos por vezes, tristonhos...porque na verdade não há mimo a dar, não há mais elogios a dizer, não há questões a colocar...porque simplesmente nós já não existimos. 

Existimos no corpo um do outro. Existimos no pensamento. Existimos no respeito. 
Mas não existimos na dedicação.Não existimos no dia a dia só porque sim. Não existimos na parceria e na adrenalina. 
Existimos no risco. No medo. Na tristeza. Na saudade.Na perda. Na desilusão de ter terminado. Existimos somente porque ainda nenhum de nós teve a coragem de "reformular" a situação do "chegou ao fim".
A verdade é que eu não quero que esse dia chegue, mas sei que vou precisar de o fazer. A verdade é que existem com toda a certeza alguns homens capazes e a querer fazer-me feliz. Sim, acredito nisso. Sou uma pessoa forte e com qualidades merecedoras de tal felicidade. Da partilha e dedicação de ambas as partes.

Mas a verdade é que és tu . É em ti que penso quando quero ser dedicada e preocupada. É por ti que chamo quando preciso de desabafar. És tu por quem o meu coração fica aflito e magoado, ou alegre e impaciente. És tu que foste o tudo, no nada que eu tinha. És tu que foste a minha fonte de crescimento e amadurecimento. És tu a pessoa por quem o coração se manifesta. E ele não se manifesta assim muito facilmente, esteve muito tempo bloqueado e fechado. Desconhecia o caminho pelo qual andou nestes últimos quase 3 anos...
E o medo de perder é tanto. E já existe. Já te considero uma perda. Quando falo contigo...Abro a boca para contar isto e aquilo mas depois opto pelo silêncio...Quando desejo escrever uma mensagem de bom dia e começo...mas depois acabo por apagá-la e mantém-se o silêncio que se arrasta à dias...o silêncio, que tem tanto de amigo como de inimigo...O silêncio quando ambas as partes se complementam e o silêncio quando uma das partes não quer magoar....
Acho que não consigo expressar muito bem por palavras e pode até tornar-se algo confuso, mas cá dentro a percepção desse silêncio arrasa, rasga, dói...faz chorar quando desligas a chamada ou quando olhas nos olhos e vês aquilo que não queres...

Sem te tirar toda a sensatez que sabes e entendes que tiveste e continuas a ter, estupidamente ainda acreditei que poderia ser possível. E tenho vergonha disso mesmo. Vergonha...não é bem esse o termo... Sinto-me desconfortável por ter acreditado que poderia vir a ser possível e sinto-me desconfortável também por perceber que para ti essa hipótese, raramente ou nunca, esteve em cima da mesa...Gostaria que me tivesses dito outra coisa sem ser que eu deveria ter aparecido noutra altura,gostaria que me tivesses dito que tinhas medo por ti, e só por ti. Gostaria que te tivesses apaixonado...mas...e volta sempre o "mas"...se isso acontecesse a história seria a de outras pessoas e não a nossa não é verdade?

O medo insiste e persiste. Isso eu sei. E a vitória será aprender a lidar com ele. 
O medo da tua ausência prolongada. O medo de não ter forma de te contactar.O medo de me cruzar contigo e não se falar.O medo de não estares sozinho. O medo da descoberta de novos momentos na tua vida. 
O medo de não existires mais.
O medo do finito. 

...E o caminho terei de fazê-lo sozinha. 

(A)caso
Janeiro'2016


domingo, 10 de janeiro de 2016

Dia de chuva

O dia amanheceu triste... E eu amanheci com ele... Aninhada e cansada de pesadelos.  Aninhada e com saudades de te ter aqui.  Aninhada e sem força para enfrentar o dia, a semana, ou qualquer outra coisa que não sejas tu...
Vem... E faz parar o tempo... Hoje acordei assim... Chuvosa... tal como o temporal lá fora,  mas eu é cá dentro... No coração.
Beijo. 
Com muita saudade.

(A) caso
10/01/2016