terça-feira, 2 de maio de 2017

A terminar

Tenho imensa vontade de me largar a chorar...não o posso fazer. Pelo menos ainda. Tenho de amadurecer o pouco que me disseste,uma pequena "repetição" de há uns tempos atrás. Mas desta vez,diferente.
"Não consigo mais.", repetiste me.
Fico em silêncio, e cruelmente, acho que respiras de alivio.
Respiras de alívio por me dizeres essa mini frase que compreende um texto tão enorme.
Respiras de alívio porque sabes que colocaste um ponto final e que eu o entenderei.
Respiras de alívio porque me questionas se tens outra solução, e eu depois de uma pausa meio que digo que não.
Respiras de alívio quando argumentasse que não tens alternativa.
Pois...não adianta argumentar. Tens a tua vida e embora eu tenha feito parte dela durante estes 4 anos,como tanta vez me disseste, a tua escolha seria " a tua vida",tal como a tinhas quando nos cruzamos.
Se preferia ter ouvido pessoalmente?Não sei,como te disse não iria alterar nada. Dar-me-ias um abraço, que adoro sim,mas torná-lo numa despedida?Demasiado difícil. Para mim. E sinceramente,lamento o teu tormento dentro de casa,mas também lamento a minha dor. Mais uma cicatriz.
"Convencemo-nos que iria dar certo". Errado na minha opinião quando o dizes. Nós fizemos tudo para dar certo,porque o quisemos. Porque a vontade de estar um com o outro era enorme. Medo e receio sempre existiu. Agora perante esses factos apresentados,digo que entendo o teu medo e respeito a tua decisão.
Respeito-te demasiado para te pedir para não o fazeres.
Respeito-me demasiado para ter de ouvir,uma vez mais," não consigo mais".
Amo-te demasiado para te repetir o quanto estes 4anos significaram dentro de mim.
Amo-te demasiado para te dizer"sim,claro,vamo-nos vendo por ai e claro que nos vamos cumprimentar"...como se isso atenuasse a situação.
Amo-te demasiado para te pedir para IRES lá a casa despedir-te.
Amo-te demasiado para conseguir respirar de alívio por não corrermos mais risco. Como acredito que o faças. Sentir-te-as aliviado. Podes continuar a manter a tua vida. Guardarás a "nossa"...que pelos vistos também é dos outros. Vou descobrir quem foram esses " outros".
Este ainda não será o post final. Não hoje. Não para já. Sinto-me demasiado bloqueada,da mente e do coração, para escrever um final justo para ambas as partes. E justa,para além de fantástica, foi o que sempre fui para ti,e assim quero terminar.
Um dia destes, regresso para escrever o fim.

(A)caso
02/05/2017
16h40

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